Reserva de Emergência: como escolher o melhor investimento em tempos de queda da Selic

Reserva de Emergência: como escolher o melhor investimento em tempos de queda da Selic.

A taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, vem sofrendo sucessivas quedas nos últimos anos. Em março de 2023, ela atingiu o patamar de 2% ao ano, o menor nível da história. Essa redução tem impactos diretos nos investimentos de renda fixa, que são os mais indicados para a reserva de emergência e com escolher o melhor investimento em tempos de queda da Selic ?.

A reserva de emergência é uma quantia de dinheiro que deve estar disponível para cobrir imprevistos financeiros, como perda de emprego, doenças, consertos, etc. Ela deve ser suficiente para cobrir de 6 a 12 meses de seus gastos essenciais, como moradia, alimentação, transporte, saúde, educação, etc.

Mas como escolher o melhor investimento para a reserva de emergência em um cenário de queda da Selic? Neste artigo, vamos abordar os seguintes pontos:

  • Impacto da queda da Taxa Selic: Dúvidas surgem sobre onde alocar a reserva de emergência devido à diminuição da taxa Selic.
  • Pouco impacto na rentabilidade: A queda na taxa Selic tem pouca influência nos rendimentos da reserva, seja em Tesouro Selic ou CDBs.
  • Ênfase em segurança e liquidez: Recomenda-se manter a reserva em local seguro e com liquidez diária, priorizando a disponibilidade imediata do dinheiro.
  • Evitar busca por maior rendimento: Destaca-se que a busca pelo investimento mais rentável não é o objetivo da reserva, enfatizando segurança e rentabilidade mínima de 100% do CDI.
  • Análise de instituições e opções: Sugere-se analisar a instituição financeira, considerando notas no Reclame Aqui e avaliando fundamentos. Opções como Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária e bancos com rendimentos competitivos são mencionadas.

Impacto da queda da Taxa Selic

A taxa Selic é a referência para os investimentos de renda fixa, que são aqueles que têm uma rentabilidade previsível e baixo risco. Esses investimentos são os mais adequados para a reserva de emergência, pois oferecem segurança e liquidez, ou seja, a possibilidade de resgatar o dinheiro a qualquer momento sem perdas.

No entanto, com a queda da taxa Selic, muitas pessoas ficam em dúvida sobre onde alocar a reserva de emergência, pois percebem que os rendimentos estão cada vez menores. Afinal, vale a pena manter a reserva em um investimento que rende menos do que a inflação?

Pouco impacto na rentabilidade

A resposta é que sim, vale a pena. Isso porque a rentabilidade da reserva de emergência não é o fator mais importante a ser considerado. O objetivo da reserva é garantir a sua segurança financeira em situações de emergência, e não gerar lucros.

Além disso, a queda na taxa Selic tem um impacto relativamente pequeno nos rendimentos da reserva, seja em Tesouro Selic ou CDBs. Por exemplo, suponha que você tenha uma reserva de R$ 10.000,00 aplicada em Tesouro Selic, que rende 100% da taxa Selic. Se a taxa Selic cair de 2,25% para 2% ao ano, a diferença no rendimento anual será de apenas R$ 25,00. Ou seja, você deixará de ganhar R$ 2,08 por mês.

Essa diferença é insignificante se comparada à segurança e à liquidez que o Tesouro Selic oferece. O mesmo vale para os CDBs de liquidez diária, que são títulos emitidos por bancos e que também costumam render 100% do CDI, que é uma taxa muito próxima da Selic.

Ênfase em segurança e liquidez

Portanto, o que você deve priorizar na hora de escolher o investimento para a sua reserva de emergência é a segurança e a liquidez. Segurança significa que o investimento tem baixo risco de perda ou de calote. Liquidez significa que o investimento pode ser resgatado a qualquer momento, sem carência ou penalidades.

Essas características são essenciais para a reserva de emergência, pois você nunca sabe quando vai precisar do dinheiro. Imagine que você tenha uma emergência médica e precise de R$ 5.000,00. Se a sua reserva estiver em um investimento que tem carência de 30 dias, por exemplo, você não poderá resgatar o dinheiro na hora e terá que recorrer a outras fontes, como cheque especial ou cartão de crédito, que cobram juros altíssimos.

Por isso, é recomendável manter a sua reserva em um investimento que tenha liquidez diária, ou seja, que permita o resgate no mesmo dia ou no dia seguinte. Assim, você terá a certeza de que o seu dinheiro estará disponível quando você precisar.

Evitar busca por maior rendimento

Outro ponto importante é evitar a tentação de buscar um investimento mais rentável para a sua reserva de emergência. Muitas pessoas ficam insatisfeitas com os baixos rendimentos da renda fixa e acabam aplicando a reserva em investimentos mais arriscados, como ações, fundos imobiliários ou criptomoedas.

Essa é uma péssima ideia, pois esses investimentos têm alta volatilidade, ou seja, podem sofrer grandes variações de preço no curto prazo. Isso significa que você pode perder parte ou todo o seu dinheiro se precisar resgatar em um momento de baixa do mercado.

Além disso, esses investimentos têm menor liquidez, ou seja, podem demorar mais para serem vendidos ou terem custos maiores de transação. Por exemplo, se você investir em ações, você terá que pagar uma taxa de corretagem para comprar e vender os papéis, além de imposto de renda sobre os lucros. Esses custos podem reduzir ou até eliminar a rentabilidade do investimento.

Portanto, não caia na armadilha de buscar o investimento mais rentável para a sua reserva de emergência. Lembre-se de que o objetivo da reserva é garantir a sua segurança financeira, e não gerar lucros. O que você deve buscar é um investimento que ofereça segurança e liquidez, e que tenha uma rentabilidade mínima de 100% do CDI, que é o padrão do mercado.

Análise de instituições e opções

Por fim, é importante analisar a instituição financeira onde você vai aplicar a sua reserva de emergência. Isso porque, diferente do Tesouro Selic, que é garantido pelo governo federal, os CDBs são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que é uma entidade privada que protege em situações de insolvência ou intervenção do banco emissor, os investidores podem ser afetados.

 

O FGC garante até R$ 250.000,00 por CPF e por instituição financeira, considerando o valor investido mais os rendimentos. Isso significa que, se você tiver mais de R$ 250.000,00 aplicados em um mesmo banco e ele quebrar, você poderá perder o que exceder esse limite.

Por isso, é recomendável diversificar a sua reserva de emergência em mais de uma instituição financeira, respeitando o limite do FGC. Além disso, é aconselhável pesquisar a reputação do banco, considerando as notas no site Reclame Aqui e avaliando os seus fundamentos, como lucratividade, solvência e liquidez.

 

Entre as opções de investimento para a reserva de emergência, destacam-se:

  • Tesouro Selic: É um título público emitido pelo Tesouro Nacional que rende 100% da taxa Selic. Tem baixo risco, liquidez diária e é garantido pelo governo federal. A desvantagem é que tem incidência de imposto de renda regressivo, que varia de 22,5% a 15% sobre os rendimentos, dependendo do prazo de aplicação. Além disso, tem uma taxa de custódia de 0,25% ao ano, cobrada pela B3, a bolsa de valores brasileira.
  • CDBs de liquidez diária: São títulos emitidos por bancos que rendem uma porcentagem do CDI

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